terça-feira, 1 de maio de 2007

Introdução à Agroecologia








Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável







A agroecologia é uma nova ciência multidisciplinar que surge em 1970, na área de produção científica, cuja preocupação baseava-se na aplicação direta na agricultura, na organização social e no estabelecimento de novas formas de relação entre sociedade e meio ambiente. Ainda na definição do termo, agroecologia remete-se a um poderoso instrumento de ruptura com a tradição reducionista na qual se baseia na ciência moderna, principalmente pela sua proposta de transdisciplinaridade, por incorporar a complexidade, a dúvida e a incerteza, além de validar também os saberes tradicionais e cotidianos.

Outra inovação metodológica incorporada à pesquisa agroecológica é a junção harmônica de conceitos das ciências naturais com conceitos das ciências sociais. Tal junção permite nosso entendimento acerca da Agroecologia como ciência dedicada ao estudo das relações produtivas entre homem-natureza, visando sempre a sustentabilidade ecológica, econômica, social, cultural, política e ética.


Em outras palavras, as práticas agroecológicas podem ser vistas como práticas de resistência e subsistência familiar, ao processo de exclusão do meio ambiente e homogeneização das paisagens de cultivo. As práticas agroecológicas se baseiam em pequenas propriedades, na mão de obra familiar, em sistemas produtivos complexos e diversos, adaptados às condições locais e em redes regionais de produção e distribuição de alimentos.







Portanto, agroecologia vai muito além da restrição a sistemas de produção agrícola. Remete-se também e, fundamentalmente, às organizações sociais no qual estabelecem atividades tradicionais extrativistas a fim de gerarem renda mensal e de promoverem a construção de uma identidade profissional. De um modo geral, agroecologia se coloca como ciência comprometida e a serviço das demandas populares, em busca de um desenvolvimento que traga soluções sustentáveis para os diversos problemas enfrentados nas cidades e nos campos.








Com base nisso, o presente portal tem como finalidade propor e dispor de um espaço cujas experiências podem ser trocadas, no intuito de introduzir, ainda mais em nosso cotidiano, o saber das tradições que mantém vivo as peculiaridades de cada atividade praticada no exercício da profissão.


Todos os temas que incluírem Agroecologia são de interesse social, uma vez que remetem-se ao exclarecimento da base econômica, ecológica, portanto social, formando assim um tripé de sustentabilidade capaz de produzir um repensar sobre a vida humana na Terra, uma vez que somos parte desta transformação.





A Pesca como fator atuante na Agroecologia





Em geral, as pescarias de água doce são extremamente complexas, devido à grande diversidade de petrechos, de estratégias de pesca e de contextos sociais e econômicos. Esta situação é típica do Brasil, uma vez que as pescarias predominantes nas principais bacias são artesanais, utilizando diversos petrechos, envolvendo várias categorias de usuários e explorando diversas espécies de peixes em ambientes diferentes.


Entende-se por pesca artesanal o uso de grande variedade de petrechos e por uma substancial multiespecificidade funcional, como também a dependência elevada do conhecimento tradicional e a baixa utilização de tecnologia. Além disso, a profunda interação entre os ribeirinhos, o ambiente e a biota assegura um elevado conhecimento empírico que se traduz no uso de estratégias de pesca adequadas ao ambiente, à espécie de exploração, as realidades sociais e as tradições que cada comunidade pratica.

É a modalidade de pesca mais bem estudada, principalmente pelo conhecimento de técnicas de pesca e manejos tradicionais desse estilo de vida, além da facilidade com a logística e com a rápida comercialização nos centros urbanos. Uma grande parte da população é dependente do peixe como fonte principal da base protéica na alimentação diária.

Portanto, a pesca artesanal é aquela praticada diretamente por pescadores profissionais, de forma autônoma, em regime de economia familiar ou em regime de parceria com outros pescadores, com finalidades comerciais e/ou de subsistência. Em pesca, o termo subsistência pode ser empregado para caracterizar o uso tradicional e cotidiano dos recursos pesqueiros por formações sociais dependentes dos recursos, incluindo os grupos familiares, pequenas vilas, subestrutura étnica e outras estruturais sociais de pequeno porte. A dependência inclui sobrevivência física, manutenção de culturas tradicionais e a própria persistência das estruturas sociais.

Em outras palavras, a pesca artesanal é meio de subsistência através das práticas profissionais utilizadas para adquirir o pescado, e tem grande fonte de conhecimento tradicional embutidos em suas atividades, tais como as técnicas corporais no exercício da função e os costumes e superstições que demarcam o modo de vida simples das águas interiores.








Agrofloresta: uma prática economicamente viável, ecologicamente correta e socialmente justa



A agrofloresta é o manejo que integra a agricultura, a floresta e o ser humano. As plantas agrícolas convivem com as florestais num caminho rumo à complexidade, com qualidade e quantidade de vida consolidada com todas as inter-relações possíveis.A estratégia do planeta Terra é a Vida! A agrofloresta é uma tentativa de harmonizar as atividades da agricultura com os processos naturais da vida existentes em cada lugar em que atuamos. Representa grande potencial para as regiões tropicais, naturalmente ricas em biodiversidade, por proteger os solos das intensas chuvas e da insolação direta.



Agrofloresta é a reintegração do homem com a natureza que resulta em um ambiente autodinâmico e produtivo, análogo aos ecossistemas originais e manejados segundo o fluxo da sucessão natural.





Sustentabilidade é um princípio norteador de ações que obtenham um balanço energético positivo e um aumento na quantidade e qualidade de vida consolidada tanto no micro lugar da sua intervenção como no planeta inteiro.









Agrofloresta também é:



- Participação do ser humano na dinâmica da natureza
- Interface da agricultura com a floresta
- Promoção da Biodiversidade
- Aceleração da sucessão ecológica - rapidez nos processos de restauração
- Trabalho a partir da aptidão, combinação e função das plantas no ecossistema
- Conservação dos recursos naturais aliada à produção = viabilidade econômica

























































































































































































































































































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