terça-feira, 1 de maio de 2007

Cerrado

FLORES DO FOGO








Fotos: João Batista de Oliveira – Tita, das Nascentes e do Cerrado










Aspecto do Cerrado após a queimada, que geralmente é ocasionada criminalmente.









Estas fotos foram tiradas nas remediações de Botucatu, cujo município insere-se na formação geológica Arenito Botucatu, responsável pelas formações do Cerrado, que são compostas por rochas ricas em ferro e magnésio, quartizítica e calcário.


















Grande parte da cobertura vegetal original do Cerrado (cerca de 200 milhões de hectares) já foram queimadas. Muitas árvores, muitas flores e frutos foram queimados para virarem carvão vegetal que alimentam fornos de cerâmicas e também para a produção de aço, ou simplesmente transformados em cinzas para criação de pastagens e plantações.






















A PERDA DA DIVERSIDADE: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS


Paul R. Ehrlich – Professor de Ciências biológicas, Universidade Stanford, Califórnia.



A principal causa da perda da diversidade orgânica é a destruição dos habitats naturais que são procedentes da expansão das populações humanas e de suas atividades.
Muitos desses organismos, menos atraentes ou espetaculares, que o Homem está destruindo, são mais importantes para o futuro da humanidade do que a maioria das espécies sabidamente em perigo de extinção.


O capacidade de suprir as necessidades diárias são comumente substituídas por sistemas cada vez mais mecanizados. Na medida em que há um aumento na demanda de consumo, há também um aumento na oferta, impulsionando o crescimento na pecuária e agricultura em extensão.
Interromper a perda da diversidade será extremamente difícil. A tradicional abordagem de “apenas estabelecer reservas” é certamente inadequada devido aos fatores de crescimento descontrolado da população humana, chuvas ácidas e mudanças de clima induzidas por seres humanos. Talvez seja necessária uma transformação quase religiosa, que leve à apreciação da diversidade por si própria, independente de seus benefícios diretos para a humanidade.




Causas do desmatamento:






●Ausência de políticas de incentivo a conservação;
●Desarticulação das políticas públicas incidentes (agrárias, agrícolas, florestais, científicas);
●Sucateamento e desarticulação do programa de extensão rural;
● Ausência de pesquisas e de divulgação sobre o aproveitamento econômico do cerrado;



Aspectos sociais, conseqüências:




● Concentração de terra;
● Passando da agricultura familiar para agricultura patronal;
● Diminuição da biodiversidade e Poluição dos Recursos Hídricos;



Legislação Ambiental




•Código Florestal – Lei 4.771/65 - Não considera cerrado como formação florestal, não exigindo assim a preservação de pelo menos 20 % das propriedades com esta formação. alterada pela Lei 7.803/89.

•Decreto Estadual – 49.141/67 – Dispõe sobre a exploração e uso de formações do cerrado no estado de São Paulo, visando a agropecuária. Embora ainda não reconheça os cerrados como formação florestal, vincula a exploração de cerradões à manutenção de 20% da propriedade com cobertura arbórea.

•Portaria DEPRN 08/89 – Proíbe o corte raso em estágios médio/avançado de regeneração. Esta portaria aplica-se particularmente ao cerrado, uma vez que estas formações apresentam características de rebrota após ao corte e ao fogo. Já revogada.




•Resolução SMA 54/95 – Cria grupo técnico coordenado pelo PROBIO/SP, com representantes da CPLA e CPRN para propor diretrizes para o uso sustentável das formações de cerrado no estado de São Paulo.





Ou seja, o BIOMA CERRADO não é reconhecido como um ambiente natural com grande vulnerabilidade às transformações do ambiente (hotspot), em função do grande interesse do agronegócio em manter estas regiões, com potenciais produtivos, livres de qualquer impedimento legal.










E OS BURROS SÃO ELES, NÉ?!!

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